segunda-feira, 14 de julho de 2008

Reconquistando.

Bom, acho que pela proximidade da imigração, tenho ficado cada vez mais nostálgico, não só com a família, mas principalmente em relação a duas meninas, AS duas que eu já comentei aqui, sobre a perfeição na química. Incomodo-me por saber que são elas as que mais me decepcionaram e se é que eu fui traído um dia, as duas seriam as suspeitas principais.
Por não ter a menor tendência em ser corno e por ser um tanto quanto orgulhoso, jamais daria outra chance a qualquer uma das duas, até porque também estou de partida. O sentimento aqui não é nem um pouco maior que a saudade, saudade da companhia delas, de gostar de alguém e do sexo perfeito que fazíamos, arrisco em dizer que tenho saudade dos momentos e não propriamente delas.
O que piorou tudo foi uma nova garota que apareceu, ela, perturbadoramente, é muito parecida com uma das garotas (a mentirosa compulsiva), minha última namorada, terminamos faz mais de seis meses, ela ta morando em outra cidade e nem contato com ela eu tenho, nenhum contato. Digo perturbadoramente, pelo fato de me surpreender algumas vezes quando olho pra boca da garota, é igual à da outra, a cor da pele, a altura, o peitinho, a única grande diferença se encontra na bundinha, a da outra era mais perfeita, exatamente como gosto, grande, empinada e durinha. A pegada é parecida, a companhia é tão agradável quanto.
Desde o primeiro beijo que notei as semelhanças, como já havia alguma saudade, senti-me um tanto quanto com sorte, mas hoje não tenho tanta certeza. Não me frustro por não ser quem me faz falta, porém me deixa com mais lembranças, não existe um “E se..” na minha cabeça, nem arrependimento, nada.. apenas lembranças de uma época muito boa, eu saindo de uma depressão (onde tinha vontade de morrer) e encontrando uma mulher “perfeita” pra mim, ao menos eu achava que era.
Foi toda essa saudade e nostalgia que me fez teorizar no comportamento durante uma reconciliação. Não!!! Não quero nunca me reconciliar com nenhuma delas, nem com qualquer outra ex namorada, ex rolinho, ex amigo.. ninguém!! Mas me passou pela cabeça como é o comportamento humano durante uma volta do além.
Acho que pra recomeçar uma relação, precisa necessariamente que seja do zero, com confiança e sentimentos renovados (justamente isso eu não conseguiria nunca com nenhuma das duas), o que aconteceu antes ficou no passado e os erros passados deverão ser corrigidos no futuro, não os cometendo novamente. Mas um relacionamento não se baseia apenas em erros, acertos, sentimentos.. Uma parte fundamental, pelo menos nos meus relacionamentos, é o sexo. O sexo também deve ser renovado, imagine você voltar o namoro e continuar fazendo as mesmas coisas que você fazia antes, sem nada de novo, o mesmo gosto. Tudo bem, você pode até ser feito eu, um mestre na cama, mas convenhamos que um novo tempero aguça mais o paladar.
Fiquei imaginando ontem a cara da mulher e o que ela pensaria de um sujeito que após alguns meses volta à sua cama. “Só isso?”, “Será que, nesse tempo todo, ele não aprendeu nada novo?”, não que você deva parar de fazer as coisas que ela gosta, mas você deve fazer com mais intensidade, com mais contato físico, mais carinho..
As preliminares nem se fala, deixe que ela enlouqueça antes da penetração, fique um bom tempo beijando, alisando o rosto dela, o cabelo, afaste seu rosto e olhe pra ela com a boca entreaberta, encoste o dedão no lábio inferior da garota e puxe levemente pra baixo, em seguida chupe-o, faça todo o clima de veneração, contemplação, com a intensidade necessária.
Às vezes, quando entendemos toda complexidade do ser feminino, podemos usar isso contra elas e é isso que eu tento fazer no meu dia-a-dia. Admito que o sexo ronda mais a minha cabeça que urubu ronda carniça, passo aproximadamente 18 horas do meu dia livre pensando em sexo e dormindo durante as outras 6 horas diárias. Minha mãe já me dizia desde pequeno: “Se tirar um Rx da cabeça desse menino vai aparecer uma vagina”, certamente com meu falo introduzido na mesma.
Mas antes de tudo isso, cabe perguntar-se: “Será que realmente vale à pena?”.. Eu digo.. será que ela é realmente a mulher que te completa? Será que as coisas vão melhorar?. Pode ser que sim, mas.. levando-se em conta de que as pessoas possuem uma tendência em não mudar... pense mais um pouquinho. Já falei aqui do meu cunhado que traiu minha irmã, ela descobriu e hoje ele é o cachorrinho dela, super carinhoso e trata ela como uma rainha, mas...

Uma bela vez.. namorei com minha Deusa por 2 anos, no primeiro ano fui o mais perfeito dos namorados e ela é uma das meninas que me faz falta.. a primeira, parecida com Sheila Carvalho e já falei muito dela por aqui... Não recordo se já contei o que aconteceu na reconciliação, mas se contei, dou-me ao direito de repetir-me.
O segundo ano num andava muito bem no namoro, as brigas aconteciam repetidamente, acabamos várias vezes, mas como estudávamos juntos e todos os amigos apoiavam, acabávamos voltando no outro dia, mas não sentia segurança nela, apesar de uma amiga dizer que ela era conhecida como “chata”, uma vez que não dava conversa pra ninguém, eu não sentia segurança nela. Ela era paquerada desde quando ia na padaria até quando entrava no seu prédio, nunca vi uma mulher chamar tanta atenção e acredite em mim quando digo que Deus sorriu orgulhoso quando acabou de modelá-la.
Mas não era só a beleza, ela era muito educadazinha, não sabia dar um fora do tipo “cai fora!!”, era um sempre “eu tenho namorado” sorrindo, se o cara não tiver um “se ligue”, ele pensa que é charminho e é por isso que eu gosto das meninas grossas, não comigo.. é claro... mas uma que consiga espantar o cara só com o olhar e isso ia contra a política de educação da minha Deusa. Olho a única foto em seu Orkut e me sinto um felizardo por lembrar dela suadinha em cima de mim, mordendo o lábio inferior e franzindo o cenho... saudade ;)
Pois bem, terminei o namoro no meio de uma viagem a um congresso, onde uma colega de sala já vinha dando em cima de mim e eu a evitava heroicamente, não sei qual foi a pior, se foi quando ela pegou um pirulito que estava na minha boca e começou a chupá-lo, na faculdade ou se quando ela alisava minha nuca e me fitava sentada na sua cadeira no ônibus da viagem do dito congresso, definitivamente eu também não sei ser grosseiro ;).
Só sei que após uma grande briga com minha Deusa, ela foi pra uma baladinha e me deixou sozinho no hotel, as pessoas que não foram pra baladinha decidiram se reunir no quarto de quem? E quem estava lá? Ela mesmo.. a atiçadora do pirulito. Não deu outra, fiquei deitado na cama do lado dela e após alguns destilados, começamos uma conversa baixinha ao pé do ouvido, furtando-nos dos ouvidos alheios ao triângulo e ficou combinado o seguinte: Eu iria ao meu quarto e acidentalmente deixaria a porta aberta. Ela demorou, tinha medo das minhas intenções sozinho com ela dentro do quarto, mas minha raiva era tão grande que eu nem cheguei a pensar em nada demais, só queria uma doce vingança, ela foi assim mesmo.
Eu tremia feito um pré-adolescente febril em frente à sua primeira mulher, mas eu não era mais um pré-adolescente, não estava com febre e ela, definitivamente, não era minha primeira mulher. Acho que tive medo do risco, da traição e principalmente da porta, que minha parceira insistiu que deveria permanecer aberta. Ela foi direto ao assunto e quando nossas bocas se calaram, elas resolveram se encontrar.
Estava decidido em acabar o namoro no exato momento em que minha Deusa pisasse no hotel, quando ela chegou foi direto ao meu quarto, quando abri a porta, a primeira coisa que ela viu, foi um par de pernas na minha cama, andou para trás, me olhando assustada. “Que foi?”, perguntei de maneira seca, ela olhou novamente e viu um de nossos colegas deitado lá com uma cerveja na mão. Após vasculhar o quarto, todos começamos a rir e deixamos a conversa para o outro dia.
Logo pela manhã, outra briga, finalizamos aos berros no meio do corredor com um belo “acabou!!” em alto e bom som, coisa que só os hormônios juvenis podem explicar. Curti os outros dias do congresso com minha nova companhia, enquanto a Deusa chorava pelos cantos. De volta ao nosso destino ela me procurou bastante e, com sua boca cercada de lágrimas, me pedia pra voltar. Lembro-me com remorso do momento em que ela levou minha bolsa com minhas coisas, que ficavam na casa dela, para a faculdade, quando estendi as mão para pegá-la, ela puxou novamente em sua direção e pediu para eu não fazer aquilo com ela.
Ela continuou a me procurar, eu sempre dizia para ela sair e conhecer outros caras, convicto de que minha nova parceira era a receita certa para eu passar um bom tempo. Mas uma saudade implacável tomou conta de mim, senti o erro de uma escolha equivocada subindo pela espinha e dilacerando meu coração. Procurei-a, como havia prometido se me arrependesse, ela ainda estava na minha e marcamos de nos encontrar na faculdade no dia seguinte. Entramos no meu carro e fomos conversar sob uma árvore, um pouco distante dos olhos e ouvidos dos curiosos que insistiam em me seguir por onde quer que eu fosse, com quem quer que eu conversasse. Nesta mesma conversa, ela me confirmou que estava saindo com outra pessoa e estavam namorando, falei que se ela quisesse ficar comigo, ela teria que acabar com o sujeito, ela aceitou sem pestanejar.
Deu tudo certo, ficamos e fomos juntos para a calourada que aconteceria nos fundos da faculdade neste mesmo dia. Ela sabia que eu estava com outra garota da faculdade, nunca havia escondido, mas ela não sabia quem era. Evitei ao máximo ficar com ela na frente dos colegas, mas depois de tanta tentação, não pude resistir e um beijo aconteceu. Durante este curto beijo escutei toda aquela multidão gritando aos berros, comemorando a reconciliação do casalzinho da turma, me abaixei banhado pela vergonha de saber que tinha acabado de magoar minha mais nova ex companheira.
Combinamos de passar a noite juntos para matar as saudades, mas para isso ela teria que terminar o seu namoro com o desconhecido. Fomos na casa dela, ela subiu, depois de um certo tempo apareceu com as boas novas, namoro terminado, fomos para um motel e matamos a saudade durante toooooda noite, mas ela disse que preferia não renovar de imediato, que eu a magoara bastante, concordei arrependido pela má escolha de minhas decisões. No dia seguinte ela tinha combinado de sair com algumas amigas e eu fiquei de telefonar e telefonei, porém.. ninguém atendeu. Desconfiado, esperava 15 minutos e ligava, sem sucesso, mais 15 minutos.. e nada, até que enfim.. ela retornou às ligações. Dizia que estava na casa de uma amiga comemorando seu aniversário, mas já chegara em casa e iria me ligar do telefone residencial. Mas como? Eu sabia onde essa amiga morava, não daria pra ela chegar em tão pouco tempo em casa e qual o motivo dela dizer que teria deixado o celular no carro enquanto estava na festa?. Ela estava mentindo...
Brigamos ao telefone, eu exigia explicação para aquela palhaçada, ela insistia que estava em uma festa de aniversário na casa da sua amiga, pedi então o telefone da casa da amiga dela, disse que iria telefonar para desejar os parabéns e perguntar se minha Deusa ainda estava por lá, ela disse que todos deveriam estar dormindo, mas como poderiam dormir se havia uma festa de aniversário em andamento? Ainda era cedo para terminarem a festa. Ela me deu um número e eu fingi que liguei, convicto de que ela estava mentindo, improvisei uma conversação pelo celular, onde supostamente alguém acabara de confirmar que não existia tal pessoa naquele número. Ao perceber que estava sem saída, pediu que eu fosse ao prédio dela para termos uma conversa.
Nunca fiz aquele trajeto, de aproximadamente 10 kms, tão rápido, quem dirigia o carro era um ódio incinerante. Quando cheguei, ela me explicou que devia uma satisfação ao outro rapaz, que jamais acabaria o namoro por telefone e foi por esse motivo que teve que se encontrar com ele pessoalmente para finalizar algo que havia acontecido devido aos meus conselhos. Não suportei, pedi mais uma vez que não me procurasse, virando as costas e andando em direção à saída, fui puxado pela camisa com tanta força que ela chegou a rasgar, me abraçou de forma desesperada e começou a falar em meio ao choro de quanto eu era importante pra ela, que eu era o pai perfeito pros filhos dela, que ela me amava e não queria me perder novamente.
Deixei-me levar pelo seu choro e aceitei as desculpas, ela voltou comigo pra minha casa e dormimos juntos novamente. Na manhã do dia seguinte, ela se encontrou com minha mãe, conversaram alegremente, as duas se amavam e depois a levei pra sua casa, chegando lá, me avisou que iria estudar com uma colega nossa. Mais tarde, me bateu uma sensação estranha, tentei alcançá-la pelo celular em vão, mas desta vez, o celular estava desligado. Liguei para nossa colega em questão e soube que minha Deusa havia realmente estudado com ela durante toda a tarde, mas no momento, nossa colega estava no cinema com seu noivo.
Sem hesitar, peguei o carro e me dirigi imediatamente para o prédio de minha Deusa, rogando ao Ser superior que queria ver o que acontecia, não queria saber, nem ouvir da boca de ninguém, queria ver com meus próprios olhos. Preces atendidas, enquanto conversava com sua doméstica, que dizia que ela me amava e dizia que queria retomar nosso relacionamento, surgiu o carro dela entrando na garagem, seguido por um outro carro. Ela entrou sem me perceber e vi quando um desconhecido estacionou e entrou em seu prédio pelo portão. Desci do carro e me dirigi ao encontro dos dois, a cada passo que dava observava o novo rapaz à minha frente, imaginava os golpes do meu treinamento de jiu-jitsu, que daria nele, caso ele se atrevesse em abrir a boca. No meio do caminho notei quando ela parou no meio da baliza, percebi que ela tinha me avistado pelo retrovisor, o rapaz parou entre ela e eu, cruzei os braços e mirei seriamente em sua face pálida, o sangue fugira definitivamente das extremidades, o outro olhou pra mim, percebeu o que estava acontecendo e ficou quieto para a sua segurança contra um campeão de jiu-jitsu.
Perguntei se ela não havia me dito que tinha acabado com o sujeito, mas não informei em qual braço ela deitara a cabeça para dormir na noite anterior, ao rapaz, não sei o porquê. Voltei para casa com um amargo na boca e agradeci e prometi ao Ser superior 3 coisas: não iria derramar uma lágrima sequer, nunca mais na minha vida eu iria aceitá-la de volta e ela iria se arrepender. Não sou muito de fazer promessas, mas quando as faço, eu cumpro. No outro dia ela veio me procurar querendo conversa, falei que ela não tinha nada para dizer que eu quisesse escutar, mas fiz questão de falar o quanto a desprezava, que ela sempre teria um lugar em meu coração, mas num cantinho bem podre, que ela mesmo havia criado.
A primeira coisa que fiz foi alterar meu comportamento, deixei de lado o estilo surfista/lutador de jiu-jitsu e passei a ser mais mauricinho, como ela sempre pareceu gostar, namorei com mais 2 colegas da nossa sala, como o intuito era mais pra magoá-la do que pelo sentimento, não passaram dos dois meses, o mesmo tempo em que namorei mais 2 colegas de outros períodos, sem contar as outras colegas que ficava vez ou outra nas baladas e festas da faculdade.
Fiquei com fama na faculdade, metido, safado, cachorrão, pegador, dentre outras. Fiquei sabendo do insucesso do novo namoro da minha Deusa, comemorei ficando com mais uma garota na frente dela, cego pela vingança. Aprendi com essa cegueira que a vingança nunca diminui a frustração de um ego abalado, mas pode ser doce quando saboreada propriamente. Decidi saboreá-la mais ainda quando ela voltou a me procurar, dei uma certa ilusão de que ainda a aceitaria, de fato meu coração ainda pedia aquilo, mas sentia uma fúria controlada com nervos de aço quando lembrava do que ela tinha feito, conversávamos por telefone, mas não me sentia confortável em tê-la em meus braços naquele momento, já era acostumado em ser o “urso” em alguns relacionamentos, mas naquele, não pude suportar.
Passei vários meses a desejando, assediando-a na faculdade e quando senti que o sentimento de vingança sumira, junto com qualquer sentimento que um dia houvera, decidi encará-la como a encaro hoje, como uma Deusa, que existe para ser venerada, mas imprópria para ser a companheira de um simples mortal. Voltamos a ficar e ficamos várias vezes, ela já estava com um outro rapaz, mas sempre conseguíamos nos esconder e trocar uns amaços, seja na faculdade, seja nas festas da turma, seja na saída de onde, nada coincidentemente, trabalhávamos juntos, seja nos encontramos em algum lugar previamente estabelecido. Surpreendi-me da última vez em que ficamos, 6 ou 7 anos após todo esse episódio, ela ainda insistia que poderíamos dar certo.
Hoje ela sumiu, não tenho mais nenhum contato, mas sinto falta da sua carne, às vezes a procuro nas baladas que ouço dizer que ela freqüenta, um revival com ela seria muito bom antes da minha viagem, mas certamente nunca a aceitaria como mulher, considero-me bem resolvido em relação ao meu primeiro amor, mas aqui entre nós, repensem bem antes de começar, terminar ou renovar um relacionamento, não me arrependo do que fiz, mas se tivesse que fazê-lo outra vez, faria de uma forma diferente.